The Libertines volta a se reunir  após seis anos com promessa de  novo casamento,




RIO - "Caos no show do The Libertines", estampou o jornal "Toronto Sun". Poderia ser uma manchete de quando a turbulenta banda inglesa estava em seu auge, em 2002 ou 2003. A frase, porém, foi escrita neste fim de semana, e é o resultado da volta oficial do suscetível grupo aos palcos, após um afastamento de seis anos. Um reencontro cheio de promessas de (novo) casamento, que repercutiu em site de todo o mundo, da Grã-Bretanha ao Irã e ao Canadá do "Toronto Sun".
Apesar da forte concorrência, num fim de semana em que Arcade Fire, Klaxons, Weezer, LCD Soundsystem e Guns N' Roses, entre dezenas de atrações, espalharam-se pelos festivais gêmeos de Reading e Leeds, na Inglaterra, a participação especial dos Libertines conseguiu despertar enorme curiosidade. Eles fizeram um concorrido aquecimento no dia 25, na casa de show HMV Forum, em Londres, mas em Reading, na madrugada de sábado, o som precisou ser desligado durante "Time for heroes" para evitar que as pessoas mais próximas do palco fossem esmagadas pelas que vinham aos montes lá de trás (o que gerou a manchete alarmista do jornal canadense) para (re)ver o turbulento grupo. Neste domingo, eles tocam em Leeds, enquanto decidem se vão adiante ou separam-se novamente.
O baterista Gary Powell já revelara ao 'New Music Express' que a "velha química" entre a banda voltara aos poucos nos ensaios para os festivais. Em cena, os cantores e guitarristas Carl Barât e Pete Doherty, o desajustado motor criativo da banda (completada ainda pelo baixista John Hassall), comprovaram isso com shows enérgicos em Londres e no festival de Reading.

Assista The Libertines em Reading, tocando 'Boys in the band'
 
Formado em 1997, o Libertines se tornou uma das bandas-chave dos anos 00, tanto por conta de seu som, sujo e inventivo (foram comparados ao The Clash ao lançarem o álbum "Up the bracket", em 2002), como pelo comportamento de Doherty, dado a escândalos, fugas de clínica de reabilitação e brigas públicas com o amigo Carl Barât (que chegou a ter o apartamento assaltado pelo próprio colega). Sem tocarem juntos desde 2004 (fora pequenos reencontros informais), Doherty e Barât agora parecem dispostos a superar suas brigas e seguir novamente juntos. "Foram seis anos de estagnação, mas quando você se reúne de novo é como se estes seis anos nunca tivessem existido", disse Barât. Powell diz que o fim de semana é "crucial" para o futuro do grupo. Sobre isso, Barât garantiu: "Os Libertines não morreram".